Algo sem destinatário que se deixe voar sem rumo, sem direcção planeada nem olhos previstos para a leitura ser efectuada. Que as palavras se soltem e voem para quem as queira ler ou deixa-las penduradas em pontes caindo de amores pelos passos que de ti outrora provou. E também eu te provei nessas noites em que descalço pisavas o mesmo chão que eu. Despidos de mantos nos despedíamos por fim sem beijos salgados de mares desencontrados. Apenas o silêncio nos ficava cravado, como se não houvesse a quem fala-lo.
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