Perdida em teus lençóis me deitava quando ao ouvido me sussurravas o que o vazio não tinha espaço para carregar. Em teus ombros repousava, de lábios gelados mas secos, de ramos marcados no caule que nascia em noites abandonadas. Encostavas, admiravas..o que o tempo não trazia em ti e te enchia os olhos de doce brilho perdido em caminhos que não se cruzam. Sorrias ao fundo do espaço, como se de mim quisesses devorar um pedaço secreto, leal ao coração pendente nas horas de ausência.
-Desconheço-te - dizia eu.
-O desconhecido prende-me os laços desmoronados - respondias-me inteiro de fraquezas.
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